É lutando que alcançamos o que desejamos!

Sexta-feira, 03/01, foi um dia especial, dia da primeira troca de gesso. Enzo fez o primeiro gesso com 11 dias e estava tirando uma semana depois, com 18 dias.

Eu estava ansiosa, achava que de alguma maneira seria fácil tirar o gesso (o gesso é retirado em casa por ordem médica, tirar com a maquininha é inviável), queria muito ver como estavam os pezinhos.

Então acordamos cedo, tínhamos de tirar o gesso e ir na mesma manhã colocar o segundo gesso. Dei de mamar, enchi bem a barriguinha dele pra ele suportar tudo com calma, preparamos a banheira com água morna e tudo mais.

Vimos logo de início que não seria fácil tirar, diferente do que eu imaginava.

Papai, sempre cuidadoso, buscou uma faquinha de serra e uma tesoura pra ajudar, além de pingar umas gotinhas de vinagre, como o médico indicou tudo pra ajudar amolecer o gesso.

Mas não foi tão simples, apesar do Stephano ser super cuidadoso, eu quase surtei de vê-lo usando a faquinha de serra, eu pedia calma pra ele a cada 5 minutos e agradeço a Deus por meu esposo já ser calmo por natureza, outro teria surtado comigo.

Enzo se comportou muito bem, ficou calminho, quietinho, aguentou firme o vai e vem à água, coloca e tira pra amolecer, ficamos trancados no banheiro pra não ter corrente de vento, tudo quentinho e sempre uma fraldinha sobre os peitinhos dele, foi com muito sacrifício que tiramos da primeira perna.

Na segunda o papai já estava mais prático e foi um pouco mais rápido, mas durante todo o processo levamos cerca de 1 hora e 20 minutos.

Ver as perninhas livre do gesso e ele podendo encolher e esticar, foi emocionante! Nunca imaginei que algo tão simples ia me emocionar.

Ele amou o banho por inteiro e estava com saudades da água, depois desse dia posso garantir que Enzo é um pequeno guerreiro, não seria qualquer bebê que teria a mesma paciência dele em ficar tanto tempo entre o tablado do trocador e a água da banheira, eu por vezes segurava a perninha dele enquanto o papai passava a faquinha de serra ou a tesoura, e ele quietinho, esperando que acabasse.

Quando terminou tomou um banho por completo e mamou muito e finalmente eu pude segurar meu pacotinho precioso do jeito que se segura bebês recém-nascidos, com as perninhas encolhidas, parecendo um presentinho embrulhado, levezinho, sem o gesso pesado que acaba forçando as pernas a ficarem sempre esticadas.

No final eu agradeci mais uma vez por tudo, pelo meu esposo, pelo meu bebê guerreiro, por poder tirar um gesso e ir até o médico com 480,00 reais para pagar o próximo gesso e saber que esse processo será por ainda mais 5 semanas, tinha sido apenas a primeira retirada, a primeira troca.

O primeiro gesso teve por objetivo principal criar aquela curvinha que todos temos na “palma” do pé, a divisão entre calcanhar e “peito do pé”. Tudo foi um sucesso!!!

Além de que podem comparar, já deu grande diferença.

Antes o torto era virado para cima, agora já está mais para o lado e tenho certeza que amanhã estará ainda melhor!

Resolvi escrever o texto hoje, pois amanhã será a segunda troca.

Não tinham vaga para sexta-feira e acabaram agendando para quinta-feira, eu achei ótimo, pois fiquei incomodada com o segundo gesso, senti ele bem mais justo, o que limitou os pequenos movimentos que o Enzo fazia, além de que estou ansiosa por ver o pezinho e o quanto evoluiu e por segurar ele no colo, todo encolhidinho, como ele gosta de ficar.

Continuem orando pela gente, Deus tem nos abençoando grandemente! Não está sendo fácil, mas como disse no título, é lutando que chegamos à vitória.

Para quem quer saber como é colocado o gesso, pedimos autorização para o médico e fotografamos o processo:

Veja que o gesso é colocado depois de pelo menos 3 camadas de algodão, o que ajuda a não machucar a pele fina do bebê, o que é ótimo, mas é péssimo, ótimo porque protege, péssimo porque o gesso é colocado molhado, para moldar, o algodão fica todo molhado e pode demorar até 3 dias para secar, causando cólica e gases.

Ele quase não chora, só chora quando estão manipulando os pés, isso incomoda bastante, mas depois de mexer nos pés, quando só está enfaixando, ele fica calminho. É meu guerreiro lindo!